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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Apartamento na planta: não compre financiado

Hoje estou experimentando diversas dificuldades por ter decidido comprar um apartamento na planta, vou escrever mais sobre isso em outra oportunidade, detalhando bem o que ocorre nos bastidores desse negócio, mas já fica aqui o alerta, se esta postagem salvar uma pessoa de fazer esta besteira, eu já ficarei muito feliz, pois quem dera tivesse um texto desses disponível para eu ler na época que fiz o negócio.

Não financie a empresa dos outros

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“Eu paguei R$ 180.000,00, e agora meu apartamento já está valendo R$ 230.000,00, com apenas 1 ano de entrega”.

Frases como esta são comuns a novos proprietários de apartamento, que passaram alguns anos pagando prestações, pois utilizaram o principal meio de compra de imóveis novos: os “apartamentos na planta”.

Por meio deste tipo de instrumento, diversas construtoras acabaram levantando vôo, pois não são empresas com grande capacidade financeira, e o financiamento por parte do futuro proprietário é o principal instrumento sua solvência.

O problema todo é que a compra do apartamento na planta normalmente se configura em um péssimo negócio para quem está comprando.

O cidadão que acredita que pagou R$ 180 mil, da frase no início do texto, esquece que se o seu dinheiro estivesse aplicado, provavelmente teria o equivalente ao que vale o seu apartamento hoje. Provavelmente teria mais do que conseguiria pelo apartamento.

Quando você compra um apartamento na planta, VOCÊ está financiando o construtor, e ainda deverá estar atento a alguns detalhes.

Todo o saldo devedor, aí incluídas as prestações e intercaladas, são corrigidas pelo INCC enquanto a obra não termina. Quando esta acaba, o saldo devedor provavelmente é muito maior do que o comprador gostaria que fosse. Isso porque o INCC está bem acima da inflação medida pelo IPCA.

Veja o caso de uma pessoa que comprou um apartamento na planta em junho de 2004, para entrega em julho de 2008. O apartamento está estimado em R$ 150 mil. A idéia seria 50 prestações de R$ 1.000,00, com um saldo devedor a ser financiado, de R$ 100.000,00.

A prestação que era de R$ 1.000,00, terminou em R$ 1.340,30. O total pago foi de R$ 57.900,00. O aumento aparentemente não foi tão grande, mas lembre-se, você não tinha ainda nem recebido o produto.

O saldo devedor a ser financiado, que era de R$ 100.000,00, passou para R$ 134.029,78. Seu apartamento, que você acreditava que pagava R$ 150 mil, ficou na data final da entrega, pelo valor de R$ 191.929,78.

O ideal é comprar um apartamento já pronto, e financiá-lo com correção pela TR. Para isso é preciso ter pelo menos 20% do valor do imóvel. Lembre-se que quando compra na planta, você não precisará dar uma entrada muito grande, mas também não vai receber o apartamento e vai continuar pagando aluguel.

O comprador deve ficar atento a outro detalhe. As construtoras estão enfiando financiamentos do saldo devedor via Bradesco e Itaú, com reajuste pelo IGPM, quando a Caixa Econômica Federal e o Santander trabalham com correção pela TR. O IGPM é muito pior do que a TR.

É bom sempre ficar atento.

Fonte: http://acertodecontas.blog.br/financiamento-imobiliario/apartamento-na-planta-no-compre/

Um comentário:

Marcus Rocha disse...

Duas industrias no Brasil vivem de picaretagem: A da construção Civil e a Automobilística. A primeira empresta o dinheiro do trabalhador e ainda lhe cobra juros ao invés de pagar. Não cumpre prazos e constroe prédios de qualidade duvidosa (veja Palace 2-RJ). A segunda tem a cara de pau de vender um carro sem nada, onde tudo é opcional, com péssimo acabamento, e cobrar cada vez mais caro por isso. Com o que se paga por um carro zero "pelado" nesse país se compra um ótimo veículo seminovo fora das concessionárias.

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